Juazeiro do Norte. A estátua do Padre Cícero, na Colina do Horto, que costuma receber iluminação de acordo com datas pontuais, como o “Outubro Rosa” e “Novembro Azul”, desta vez, não foi iluminada na cor verde, em homenagem às vítimas do acidente com o avião da Chapecoense.
Segundo a administração do Horto, “já estava prevista a iluminação na cor vermelha para o mês de dezembro”, fato que impossibilitou a homenagem no monumento do patriarca juazeirense, considerado Santo por muitos nordestinos católicos.
Nas redes sociais, no entanto, circula uma imagem da estátua na cor verde. “Não procede. A homenagem seria justa, mas a estátua não ficou verde nesses dias”, afirma Iolanda Oliveira, da administração da Colina do Horto. Neste mês, o monumento de 27 metros recebe a cor vermelha, em alusão ao mês marcado pela prevenção da AIDS, apoio e tratamento aos portadores do HIV.
Onda de comoção
As homenagens prestadas às vítimas do acidente com o avião do time da Chapecoense não param de se multiplicar Brasil afora. A tragédia que deixou 71 mortos, dentre os quais, 19 eram jogadores da equipe catarinense, gerou uma onda de solidariedade ao redor do mundo.
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As homenagens são diversas. Vigílias, orações e minutos de silêncio em jogos de vários campeonatos do mundo emocionaram. Estádios e monumentos foram iluminados na cor verde, em alusão ao “Chape”. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; o estádio Wembley, em Londres e o Palácio do Planalto, em Brasília; são alguns exemplos das homenagens.
Ontem, milhares de pessoas compareceram ao estádio Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia, para prestar homenagem às vítimas. O estádio seria o local da partida entre o Chapecoense e o Atlético Nacional, o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana.
No horário em que começaria o jogo, às 21h45 (horário de Brasília) o estádio já estava em sua capacidade máxima, com pessoas vestidas de branco e com uma vela acesa.
No fim das homenagens, crianças entraram em campo com balões brancos e os soltaram enquanto os apresentadores liam os nomes das 71 vítimas. Da arquibancada, o público jogou flores no campo.
Diário do Cariri/ DN