quarta-feira, 12 de abril de 2017

História de Acopiara


O povoamento da Região compreendida nos limites atual município de Acopiara começou no século XVIII com a concessão em 4 de julho de 1719, de uma sesmaria pelo Capitão-Mor Salvador Alves da Silva, ao Alferes Antonio Vieira Pita, sua petição foi feita pelo Escrivão das Datas, Manoel de Miranda, Salvador Alves da Silva, "Cavalheiro professo da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, Capitão Mayor da Capitania do Ceará Grande", que achou por bem conceder todas as terras pedidas, com todas as suas águas, campos, matas, testados logradouros e animais úteis que se acharam dentro daquelas terras.
 
Após a concessão feita pelo Capitão-mor Salvador Alves da Silva ao Alferes Antonio Vieira Pitta, foram chegando os primeiros povos como da família Pereira da Silva, para habitarem Acopiara. Por se tratar de excelentes terras de ribeira, foram as primeiras famílias afluindo à zona e fixando-se visando as melhores propriedades, através de uma agricultura bastante compensadora.
 
No entanto, a família Pereira da Silva, tendo em vista algumas partes do solo ser pedregoso denominaram a localidade de "OS LAGES", passando ser o nome daquele povoado que ali fora fundado.
 
Com a inauguração da Estação Ferroviária Rede Viação Cearense, em 10 de julho de 1910, Lages passou a ter um maior desenvolvimento superando logo os núcleos de Bom Sucesso e São José, que mais adiante vieram se chamar respectivamente Trussu e Quincoê. Através de Ato Administrativo do Brasil, em 1911, o Distrito de Lages figurava ligado ao Município de Iguatu. Através do recenseamento Geral de 1920, Lages foi desmembrada de Iguatu e elevada a categoria de município em 28 de setembro de 1921, através da Lei Nº 1.875, onde governou Celso de Oliveira Castro até 3 de outubro de 1930, o primeiro Prefeito.
 
Sua instalação se deu em 14 de janeiro de 1922, ficando o Município constituído de três Distritos: Lages, Quincoê e Trussu, recebendo os dois últimos esses nomes porque por ali passava os riachos que deram origem ao nome.
 
Com a criação do Município, Dom Quintino Rodrigues de Oliveira, o 1º Bispo do Crato, criou a Paróquia de Lages, isto acontecendo em meados do mês de outubro de 1921. Com a sua fundação a Paróquia era ligada ao Bispo do Crato, e recebeu como Padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, sendo nomeado o Primeiro Vigário Padre Leopoldo Rolim. A Igreja Matriz representa um dos mais belos templos do Interior do Estado, ainda naquela época, o seu teto era coberto por uma pintura retratando o céu, com as nuvens e estrelas.
 
Depois de ser Lages, passou a se chamar Afonso Pena em 1933, que era uma homenagem ao estadista brasileiro de origem mineira, em 30 de dezembro de 1943, através do Decreto Lei Nº 1.114, "Lages" passou a ser Acopiara, palavra Tupi, que significa o que cultiva a terra, o lavrador ou o agricultor, nome que preserva até hoje, e depois de ter vários filhos ilustres como prefeitos desta terra, mas a seca ainda castiga a boa gente desta terra fazendo com que muitas pessoas deixem sua terra natal e procurem outros centros, abandonando o lugar onde, certamente, já tiveram vários momentos felizes com suas famílias.
Como em muitas cidades do interior do Ceará, Acopiara tem em sua produção agrícola, a maior fonte de renda, muito embora, pode-se verificar que a agricultura se apresente ainda na sua maioria como de subsistência de pequenos produtores. Destaque para o ramo aviário, que nos últimos anos cresceu, sendo um dos maiores da região tendo bastante visibilidade através da grande expansão da granja Herbster.
 
Destaca-se em Acopiara, no ramo industrial, a Empresa Antonio Rufino e Cia Ltda., que explora o ramo Algodoeiro. Acopiara, na década de 70, foi o segundo produtor de algodão do Estado do Ceará, mas as constantes secas, bem como a inserção do bicudo em suas lavouras, contribuíram para que sua produção fosse bastante reduzida. Destacam-se ainda no ramo industrial, as indústrias de Sabão e a refinaria de óleo de propriedade do espolio de Francisco Alves Sobrinho. Acopiara também dispõe de boa estrutura no ramo de cerâmicas, com boa produção de tijolos e telhas. No setor de comercial, existe boa variedade de lojas de vestuário, do comercio mercantil de Alimentos e de lojas de eletrodomésticos, com destaque para a Empresa MOVELETRO, que se expandiu por toda a região.